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Assuntos relativos às áreas das Medicinas Naturais / Medicinas Alternativas / Medicinas Tradicionais / Medicinas não Convencionais.
Efeito negativo
Dados de 30 países ao longo de mais de 27 anos, mostraram que a expansão da medicina convencional/alopática/química em geral melhorou a saúde da população - com uma grande e notável excepção.
Tanto o aumento dos gastos com cuidados de saúde pelos governos, quanto os aumentos no atendimento especializado mostraram-se directamente associados a uma maior expectativa de vida e menor mortalidade nos países estudados.
Imagem: as-medicinas-alternativas.
Contudo, a expansão da indústria farmacêutica mostrou-se associada a efeitos negativos na saúde da população.
"Este estudo não é o primeiro a sugerir que as receitas de drogas farmacêuticas podem representar um risco para a saúde. Mas é o primeiro a revelar que o crescimento da própria indústria farmacêutica pode estar associado a uma saúde pior do que melhor. As descobertas foram surpreendentes para nós," disseram Hui Zheng (Universidade Estadual de Ohio) e Linda George (Universidade Duke).
Os dados mostram que a indústria farmacêutica e médica sofreu uma expansão maciça em todo o mundo ocidental desde meados do século 20.
Para verificar se essa expansão beneficiou a saúde pública em geral, os pesquisadores usaram dados de 30 países membros da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o que inclui a maioria das democracias mais ricas do mundo.
Zheng e George analisaram como diferentes tipos de expansão médica se relacionaram à saúde da população entre 1981 e 2007. Especificamente, eles relacionaram a expansão da indústria e dos cuidados médicos à expectativa de vida ao nascer, à expectativa de vida de homens e mulheres aos 65 anos, e da mortalidade por todas as causas.
Foram levados em conta uma variedade de variáveis sociais, econômicas e demográficas que também poderiam explicar as relações entre a expansão médica e a saúde.
O investimento em medicina, a expansão da indústria farmacêutica e a especialização médica aumentaram ao longo do período em praticamente todos os 30 países, embora em níveis variados.
Todos esses três tipos de expansão médica mostraram-se associados positivamente a dois ou mais indicadores de saúde da população.
O aumento do investimento em saúde e o aumento da especialização médica mostraram-se relacionados ao crescimento em todas as três medidas de expectativa de vida e a uma diminuição na mortalidade geral.
Indústria farmacêutica faz mais mal que bem?
A surpresa veio quando se verificou que duas medidas de expansão da indústria farmacêutica - aumento nas vendas e mais recursos gastos em pesquisa e desenvolvimento pela própria indústria - mostraram-se directamente associados a uma menor expectativa de vida entre as mulheres de 65 anos ou mais, e com o aumento das taxas de mortalidade em geral da população - os dados da indústria farmacêutica não mostraram associação com nenhuma das demais questões de saúde estudadas.
Os pesquisadores fizeram testes para confirmar se não seria o contrário - que a expectativa de vida mais baixa e o aumento da mortalidade estavam causando uma expansão da indústria farmacêutica. Mas não é esse o caso.
E esta não foi a única descoberta negativa sobre a próspera indústria farmacêutica.
"Nós descobrimos que, à medida que a indústria farmacêutica se expande, há uma diminuição no impacto benéfico da especialização médica na saúde da população," disse Zheng.
Como o resultado foi uma surpresa, o estudo não havia sido projectado para responder por que a expansão da indústria farmacêutica está levando a efeitos negativos sobre a saúde da população.
"Pode ser devido aos efeitos colaterais tóxicos dos drogas farmacêuticas, às práticas de prescrição dos médicos, ao uso indevido pelos pacientes das drogas farmacêuticas prescritas, a razões relacionadas às estratégias de publicidade e propaganda da indústria farmacêutica ou a uma combinação desses factores," disse Zheng, ressaltando que planeja/planeia estudar essa questão a seguir.
Relação perigosa
Um novo relatório sugere que melhorias no cuidado à saúde e reduções significativas nos custos de drogas farmacêuticas podem ser obtidas rompendo o antigo relacionamento entre médicos e representantes das empresas farmacêuticas que promovem os medicamentos mais novos, mais caros e muitas vezes desnecessários.
Esse sistema, que está em vigor há décadas, beneficiou os médicos no passado, mantendo-os actualizados sobre novos medicamentos, e fornecendo generosas quantidades de amostras grátis para que os pacientes começassem a usar as drogas mais recentes, bem como outros materiais e presentes.
Mas esse sistema é na verdade um poderoso processo de publicidade e propaganda em que a indústria farmacêutica despeja dezenas de bilhões/milhares de milhões de euros por ano, com mais de 90 mil representantes distribuindo presentes e recomendações.
Há 1 representante farmacêutico para cada 8 médicos no EUA.
Isto não serve os melhores interesses dos pacientes em termos de economia, eficácia, segurança e precisão das informações, dizem os especialistas autores do relatório.
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Fonte:
Diário da Saúde
Journal of Health and Social Behavior
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