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Estudo encontra glifosato até em cereais infantis no EUA
Após testar 45 produtos produzidos com aveia, a presença de glifosato foi detectada em 43 deles.

Foto: ewg.

Ainda mal o mundo tomou conhecimento da indenização de cerca de 250 milhões de euros cobrada da Monsanto (multinacional estadunidense de agro-tóxicos como pesticidas, OGM e transgénicos, pertencente à Bayer) – uma decisão histórica contra os agro-tóxicos – o Grupo de Trabalho Ambiental (EGW, na sigla em inglês) divulgou uma amarga pesquisa. Após testar 45 "alimentos" produzidos com aveia, a presença de glifosato foi detectada em 43 deles. E o pior: 31 tinham quantidades muito acima do valor de referência tido como seguro (não existe nenhuma quantidade segura para a saúde humana, por não existir glifosato natural na Natureza).

O glifosato é o ingrediente cancerígeno activo do Roundup, o herbicida da Monsanto que é o mais usado no EUA.

Um café da manhã/pequeno-almoço com glifosato
A aveia em si contém inúmeros benefícios e sobre isso não se pode questionar. O problema é que a substância tão questionada e cancerígena foi encontrada justamente neste alimento. Ou seja, está presente na granola matinal com iogurte, naquele café da manhã onde tem banana com aveia, na barrinha de cereal para “enganar a fome”. Enfim, em muitas das situações em que a pessoa acredita estar fazendo uma refeição super saudável.

Entre os produtos que tinham rastros de glifosato estão os das marcas Cheerios, Quaker Old Fashioned Oats, Quaker Dinosaur Egg Instant Oats e Back to Nature Classic Granola. É bom lembrar que há dois anos a Quaker foi acusada no EUA pelo mesmo motivo. Na época, a empresa des-mentiu.

roubandonossofuturo.

Escondendo o jogo?
Em comunicado à imprensa, o EWG afirma que testou mais de uma dúzia de marcas de alimentos à base de aveia para “fornecer aos estadunidenses informações sobre exposições alimentares que os reguladores do governo mantêm em segredo”. Além disso, afirma que e-mails/c.e. internos obtidos pela organização sem fins lucrativos (US Right to Know) revelaram que a FDA (Food and Drug Administration), órgão que regula os alimentos e drogas no EUA, vem testando o glifosato nos alimentos há 2 anos. Até aí tudo bem, até o CicloVivo noticiou esta informação em Fevereiro de 2016, o problema é que o EWG chama atenção para o facto de que a FDA não divulgou suas descobertas até então. Isso levanta ainda mais suspeitas. 

O novo estudo, divulgado na última quarta-feira (15), foi realizado por testes de laboratórios independentes encomendados pelo EWG.

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Fontes:
Alexis Temkin, Ph.D., Toxicologista

EWG

Marcia Sousa

Ciclo Vivo