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Assuntos relativos às áreas das Medicinas Naturais / Medicinas Alternativas / Medicinas Tradicionais / Medicinas não Convencionais.
Quem é quem na medicina – designações
Esta é a classificação das definições mais relevantes usadas na área terapêutica “alternativa” ou complementar, essenciais para a sua compreensão:
1. A medicina popular refere-se a práticas curativas que usam recursos locais, baseados no saber empírico, a transmissão informal do Saber e no âmbito representativo do religioso, sagrado e pagão (note-se que o uso misturado do sagrado com o profano, reduz o primeiro ao profano).
2. A medicina natural refere-se a todas as técnicas que respeitam as leis da 'natureza' (no sentido antigo), enquanto expressão da Vontade Divina. As designações aqui listadas com os números 1, 3, 5.
3. A medicina tradicional refere-se ao somatório dos saberes e práticas de Saúde das várias civilizações, anteriores ao advento da medicina científica ocidental (Pré-ciência). A característica principal destas práticas antigas está no facto de serem um corpo organizado de conhecimento técnico e teórico, estreitamente ligado à civilização[1] que a originou. O conhecimento abrange desde a manutenção da saúde, à prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças físicas, emocionais, mentais e espirituais.
4. A medicina alternativa ou medicina da Nova Era refere-se à transformação da Saúde num elemento moral, com fins políticos. Uma noção introduzida no Ocidente pela mentalidade revolucionária interessada em substituir a moralidade cristã tradicional (moral divina do tipo transcendente[2]) por uma moralidade imanente[3] de tipo naturalista[4] (circunscrita unicamente à natureza material – leis e forças naturais, e sua evolução), numa condição de relativismo moral. Sobrevaloriza a busca de harmonia com a Natureza, ligando-a com a noção ética de que as pessoas boas estão de acordo com a harmonia cósmica, logo serão pessoas saudáveis e felizes, o inverso trás infelicidade e doença. A designação 'Naturologia' está etimológica e irremediavelmente implicada nesta definição de medicina.
5. A medicina complementar, terapêuticas naturais complementares ou terapêuticas não convencionais (TNC) refere-se a um conjunto de teorias, métodos e técnicas oriundas de medicinas tradicionais de todo o mundo que tendem ou apresentam evidências parciais mais ou menos relevantes e para a qual, a medicina científica tem pouca ou nenhuma resposta eficaz ou de resultado equivalente.
6. A medicina integrativa refere-se ao sonho de fusão harmoniosa entre a medicina complementar ou terapêuticas não convencionais (TNC) e a medicina científica ou convencional.
7. A medicina científica ou convencional refere-se ao Saber adquirido e seleccionado com base na prova e mediante a aplicação estrita do método científico, como convenção. É um conhecimento metódico e sistematicamente estruturado, baseado no conceito moderno de 'natureza' que faz a abstracção de Deus na sua totalidade e dependência.
8. A medicina científicista refere-se à “atitude intelectual que se desenvolveu a partir da segunda metade do século XIX e que concede um valor absoluto ao progresso científico. O cientismo[5] concede à ciência o monopólio do conhecimento verdadeiro e atribui-lhe a capacidade de resolver progressivamente o conjunto dos problemas que se apresentam à Humanidade”. É a tendência prática da negação do conceito de 'natureza', no sentido antigo.
[1] Civilização é um conjunto de símbolos e regras abstractas cujo objectivo é abarcar a totalidade da experiência de uma dada sociedade, de modo a organizar-se hierarquicamente em torno de valores e critérios.
[2] <http://sofos.wikidot.com/transcendencia>
[3] <http://sofos.wikidot.com/imanencia>
[4] <http://sofos.wikidot.com/naturalismo>
[5] <http://sofos.wikidot.com/cientismo>
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