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Assuntos relativos às áreas das Medicinas Naturais / Medicinas Alternativas / Medicinas Tradicionais / Medicinas não Convencionais.
"Epidemia" alcoólica em Portugal mata pelo menos 13.000 por ano! Não se sabe ao certo quantos ficam incapacitados como consequência do efeito alcoólico mas pensa-se que serão centenas de milhares.
Foto: sapo.
Cerca de 2,4 mil milhões(bilhões) de adultos em todo o mundo bebe álcool regularmente - 1 em 3, incluindo 1,5 mil milhões/bilhões de homens e de 0,9 mil milhões de mulheres. Isto foi revelado por um estudo recente sobre esta doença e o vício do álcool. A análise mostra quais os países em que os homens e as mulheres consomem mais álcool.
Em todo o mundo, a dose média diária de álcool é, de acordo com o estudo, de 0,73 doses para mulheres e 1,7 doses para homens, em que uma dose corresponde a 100 ml (mililitros) de vinho tinto ou 280 ml de cerveja ou 30 ml de uma bebida de grande teor alcoólico do tipo aguardente/cachaça.
Como o estudo mostra, os homens romenos são os que mais bebem álcool, - cada romeno bebe em média 8,2 porções de bebidas alcoólicas por dia. A seguir à Roménia, seguem Portugal e o Luxemburgo, com 7,2 porções por dia. A seguir, vêm a Lituânia e a Ucrânia, com 7 porções.
O muçulmano Paquistão lidera os países abstinentes - com uma média de apenas 0,0007 doses por dia.
A Ucrânia está na liderança no consumo de álcool entre as mulheres – uma média de 4,2 porções por dia e por mulher ucraniana. Em segundo lugar: Andorra, Luxemburgo e Bielorrússia 3,4 porções. A seguir, vêm a Suécia, a Dinamarca e a Irlanda, com 3,1 porções. As mulheres que bebem menos álcool ao são as do Irão, - elas consomem 0,0003 porções por dia.
O relatório é baseado em dados de 1282 pesquisas realizadas em 195 países, de 1996 até 2016.
De aventar.
Portugal é conhecido há muitas décadas por ter um grave problema grave com o álcool. Nos anos 40, 50 e 60 o vinho era considerado um alimento(!) que dava de trabalho a quase 1 milhão de portugueses.
O hábito enraizado nunca desapareceu até hoje, ao que parece, pois ainda nos anos 90 do século passado e ainda neste milénio, muitas crianças e adolescentes apareciam na escola já alcoolizadas.
"À noite, na zona de Santos, em Lisboa, as ruas enchem-se de adolescentes e copos. Cerveja, vinho, sangria e misturas. Alguns acabam alcoolizados no hospital. É assim de norte a sul do país: todos os meses há miúdos a chegarem às urgências com intoxicações ou comas alcoólicos. Os mais novos não têm ainda 13 anos.
Na urgência pediátrica do Hospital de São João, no Porto, entre 2011 e 2015 deram entrada 346 adolescentes com álcool a mais. “E 8% tinham antecedentes de consumo”, nota o diretor da urgência, Luís Almeida Santos, para quem a situação “é muito preocupante”. “Estamos a falar de crianças bêbadas”, alerta, explicando que nesta análise verificou-se que os adolescentes de 12 anos que deram entrada na urgência tinham em média 1,56 g/l de álcool no sangue.
Houve miúdos que chegaram com taxas entre os 0,5 e os 3,8 g/l de álcool”, recorda o diretor da urgência..." Escreve o Expresso em Outubro de 2017.
"O álcool é uma substância psicotrópica lícita que está enraizada na cultura portuguesa, presente e disponível em variados locais e alguns rituais, possui uma grande aceitação social. A precocidade do início do consumo e, o consumo excessivo tornou-se um problema que afeta toda a população. Assim como em outros países do mundo, o alcoolismo e os problemas ligados ao álcool são um grave problema de saúde pública em Portugal. O presente estudo escritivo/correlacional, tem como objetivos verificar se as crianças consomem bebidas alcoólicas, quais os tipos de bebidas alcoólicas, com que frequência o fazem e, quais são os fatores que influenciam este consumo. Utilizou-se
para a recolha de dados um questionário aplicado a uma amostra de alunos que frequentam o 2º, 3º e 4º anos do 1º Ciclo do Ensino Básico, Agrupamento de Escolas de Sátão, ano letivo 2011/2012.
Resultados: a idade de início de consumo é, em média, 6 anos; o padrão de consumo de álcool difere quanto ao género, sendo os rapazes os que apresentam o padrão mais elevado: consumo diário/semanal. As raparigas têm maior percentagem de não consumidores, consumidores mensais e ocasionais. O local de início do consumo dá-se
em casa seguido do café. Habitualmente 92,5% dos rapazes e 87,5% das raparigas consomem bebidas alcoólicas com familiares. Cerca de 70% dos pais e cerca de 30% das mães consomem bebidas alcoólicas. É significativo o valor percentual obtido de irmãos e avós que consomem bebidas alcoólicas. A distribuição do consumo de bebidas
alcoólicas pelas crianças com consumo de bebidas alcoólicas pelos pais demonstra-se estatisticamente significativa.
O consumo de bebidas alcoólicas tanto pela mãe como pelo pai influencia o consumo de bebidas alcoólicas das crianças comparativamente às crianças que não consomem." Consta numa dissertação de Mestrado da Escola Superior de Saúde de Viseu.
Quantas mortes nas estradas, nas escolas, nas famílias, nos empregos se deram em Portugal, entre crianças, adolescentes e adultos por ano, devido ao álcool? "Álcool mata mais de 13 mil pessoas por ano em Portugal", é o título do Jornal i, em Agosto de 2018.
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Fontes:
Sputnik
Global Burden of Disease Alkohol
Teresa Maria Correia Gomes
Instituto Politécnico de Viseu
Expresso
Jornal i
Escola Superior de Saúde de Viseu
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