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Assuntos relativos às áreas das Medicinas Naturais / Medicinas Alternativas / Medicinas Tradicionais / Medicinas não Convencionais.
Os portugueses consomem em demasia 4,4 vezes (440%) carne, ovos e peixe (carne marítima) do que o necessário, assim prejudicam a saúde, o ambiente e também o orçamento familiar, dizem os ambientalistas da Zero, defendendo que a opção são as leguminosas.
Num ano, "devíamos consumir em média 33 quilogramas do conjunto de carne, ovos e peixe e estamos a consumir muito acima disso, cerca de 178 quilogramas, portanto 145 quilogramas a mais", avançou a especialista da Zero, e realçou que, na saúde, "o excesso de proteína causa vários problemas, e não é de modo algum benéfico em termos ambientais".
No final deste Ano Internacional das Leguminosas, e numa época festiva "que tende a propiciar exageros de alimentação", a Zero analisou as recomendações da Direção Geral de Saúde para o consumo de carne, ovos e pescado e comparou com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre as quantidades destes produtos na alimentação dos portugueses.
Consumo de carne agrava emissões
Também no consumo de carne, o impacto em termos de consumo de água é 100 vezes superior àquele que é necessário para produzir leguminosas, além de implicar mais emissões de metano, um gás com efeito de estufa que agrava as alterações climáticas. As leguminosas, como feijão, grão, lentilhas, favas ou ervilhas, fazem parte da dieta mediterrânica e da cultura gastronómica portuguesa, são, segundo a Zero, "uma excelente fonte de proteína e podem ser usadas como alternativa a este consumo de proteína animal".
Para o orçamento familiar, "fica mais caro [o uso de proteína animal], sabemos que a componente de proteína é das que acaba por ter mais peso" na despesa com a alimentação, especificou a especialista da Zero.
Assim, "estamos a desperdiçar dinheiro, estamos a consumir proteína que nos está a fazer mal, está a fazer mal ao ambiente e está a retirar-nos recursos financeiros", resumiu.
A Zero listou algumas mudanças que podem fazer a diferença e facilitar a mudança para o consumo de leguminosas, começando por uma alteração das políticas públicas, embora exista um plano para uma alimentação saudável, "que é importante", e a Direção Geral de Saúde tenha vindo a fazer um "trabalho interessante" nesta área. Na lista de propostas da Zero está o trabalho com as escolas, nomeadamente nas cantinas, para que as porções servidas respeitem o princípio das leguminosas e haja maior disponibilidade de refeições de base vegetariana.
Além disso convém mencionar, a carne de hoje em dia é de má qualidade quando comparada com a carne de há 100 anos, está repleta de químicos que não deveriam lá estar, toxinas, vacinas, antibióticos, pesticidas e fármacos. O país tem de importar carne, carne essa que terá de ser paga em divisas, divisas essas que desequilibram a balança comercial.
Por vários motivos existem cada vez mais portugueses a deixarem de comer carne, o que faz com que a média de alguns portugueses seja de cinco (ou mais) vezes a consumir em excesso de proteína animal.
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