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Assuntos relativos às áreas das Medicinas Naturais / Medicinas Alternativas / Medicinas Tradicionais / Medicinas não Convencionais.
Um estudo com base em dados recolhidos em território brasileiro concluiu que o corpo humano precisa de pelo menos 14 dias para se adaptar totalmente à mudança de horário. Enquanto isso, são comuns sintomas como a falta de atenção, de memória e o sono fragmentado.
O horário de inverno arranca em Portugal na madrugada de 29 para 30 Outubro. Nesse período, o relógio retrocede uma hora.
Um estudo desenvolvido por Guilherme Silva Umemura, do Grupo Multidisciplinar de Desenvolvimento e Ritos Biológicos, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, indica que a mudança da hora tem um reflexo nocivo no corpo humano, nomeadamente na temperatura. "Com a mudança no horário, as pessoas são obrigadas a acordar mais cedo e isso gera uma série de modificações fisiológicas no organismo", afirmou o cientista, referindo-se à população brasileira.
Segundo o investigador, a temperatura do corpo começa a subir mais cedo durante o horário de verão, o que pode criar uma desestabilização dos ritmos da temperatura corporal e da atividade de repouso, escreve a BBC.
"Essa dessincronização entre diferentes ritmos gera problemas. Desde problemas fisiológicos como distúrbios de sono", explica o cientista. "A pessoa fica mais propensa a ter défice de atenção, pode ter maior fadiga durante o dia, problemas para dormir, fragmentação do sono e até mesmo a diminuição da duração do sono", disse.
A falta de atenção e a fadiga, salienta o cientista, podem ser causadores de acidentes de trânsito e de trabalho.
No início do horário de verão no Brasil, a maior incidência do sol em horários considerados nocturnos faz o organismo atrasar o seu ritmo, levando a pessoa a ficar mais tempo acordada por sentir sono mais tarde. Os grupos mais afectados por esta mudança são os adolescentes e os jovens adultos, segundo Guilherme Silva Umemura. Para chegar a estas conclusões, o cientista controlou durante o dia e a noite um grupo de 20 pessoas.
* O presidente da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono manifestou-se contra a alteração dos ponteiros do relógio que se avizinha. Miguel Meira Cruz diz que esta adaptação tem impactos negativos na saúde, causando alguns tipos de dores de cabeça e aumentando o risco de acidentes. "Este é mais um exemplo do predomínio do interesse económico em detrimento daqueles dirigidos à promoção da saúde", conclui.
* No Brasil, apenas os 17 estados do Norte e Nordeste não mudam de hora no Inverno, porque estão muito próximos do Equador e a sua exposição solar é quase a mesma durante todo o ano.
* Apesar de só existirem seis estados na Austrália, mesmo assim há dois que decidiram não mexer no relógio quando muda a estação.
* Em 2010, a Rússia recusou-se a mudar mais de horário, alegando um difícil ajuste no bioritmo. Na altura, a Ucrânia juntou-se ao protesto, mas acabou por recuar quando as relações entre os dois países se deterioraram devido à guerra civil ucraniana.
* A China, apesar da sua dimensão, tem toda o mesmo fuso e não há lá mudanças ao longo do ano. A Índia é outro exemplo de hegemonia horária.
* No Continente africano existem poucos países que mudem de hora. A Líbia, Marrocos, a Namíbia e o Saara Ocidental são algumas execpções.
* Em 1992, o governo de Cavaco Silva adoptou o horário da Europa Central. Quatro anos mais tarde, e depois de muitas críticas à medida cavaquista, o executivo de António Guterres repôs a normalidade que vigora até hoje.
* Há quem se queixe que esta medida é obsoleta, pois tem precisamente cem anos e foi tomada durante a Primeira Guerra, como uma medida de poupança de recursos. Tornou-se directiva europeia em 1981.
* Só a Gronelândia tem o mesmo horário dos Açores (menos uma hora do que o Continente e a Madeira) - estão ambos no fuso GMT -1.
Obs.:
Porque a OM ou algum bastonário nada dizem relação a este transtorno?
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Fontes:
sapo
Visão
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