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Diferenças genéticas tornam fármacos ineficazes para parte da população

 

Genética contra os fármacos

Cerca de 1/3 de todos os fármacos/drogas farmacêuticas existentes no mercado ligam-se ao mesmo tipo de receptor no corpo humano, o chamado GPCR, sigla em inglês para "receptor acoplado à proteína G".

Foto: sampleresumebarca

 

Ocorre que uma parte da população - 3% em uma média para todos os fármacos - possui esses receptores tão geneticamente diferentes que eles geram respostas alteradas, ineficazes ou mesmo adversas aos fármacos.

"Os 3% da população afectada representam uma média. Para alguns receptores importantes é muito mais. Por exemplo, as mutações relevantes ocorrem em 69% das pessoas no receptor GLP1, que é o alvo do fármaco para diabetes, e em 86% das pessoas no receptor CNR2, que é usado como alvo de fármacos para aliviar a náusea induzida pela quimioterapia. Mas, é claro, não podemos conhecer o genoma de cada pessoa e, portanto, são estimativas baseadas nos conjuntos de dados disponíveis," detalhou o professor Alexander Häuser, da Universidade de Copenhague/Copenhaga (Dinamarca).

"Isso pode significar que o fármaco simplesmente funciona de forma menos eficiente. E também pode significar que o fármaco não funciona de forma alguma ou provoca efeitos adversos nos pacientes," acrescentou Madan Babu, professor do Laboratório de Biologia Molecular de Cambridge (Reino Unido), co-autor da análise.

 

Receptores GPCR

Os receptores GPCR são os principais alvos do maior grupo de fármacos modernos comercializados nas farmácias de todo o mundo.

Os pesquisadores analisaram as mutações nos receptores GPCR humanos utilizando dados de sequenciamento do genoma inteiro do projecto 1.000 Genomas, com cerca de 2.500 participantes, além de dados de exoma - a fracção do genoma que codifica os genes - do projecto ExAC, com mais de 60.000 participantes.

Minerando esse dados foi possível mapear a extensão com que as mutações ocorrem nos alvos dos fármacos no genoma dos voluntários e estudar o impacto que essas mutações poderiam ter sobre o efeito terapêutico de cada remédio.

Os pesquisadores então usaram dados estruturais para inferir pontos críticos nos GPCRs para descobrir quais mutações são mais propensas a alterar o efeito dos fármacos, e as encontrou em uma parcela significativa da amostra - 3% em média.

 

Desperdício de fármacos

Os pesquisadores finalmente cruzaram seus resultados com dados do Instituto Nacional de Saúde do Reino Unido sobre as vendas de 279 fármacos relevantes em relação aos receptores GPCR, para estimar quanto dinheiro é gasto em fármacos com pouco ou nenhum efeito.

Com uma estimativa conservadora, eles constataram que o ônus econômico para o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido é de pelo menos £ 14 milhões por ano (R$61,9 milhões), levando em consideração o número de pessoas com mutações em ambas as cópias do gene em locais importantes do receptor-alvo.

"A prevalência e o impacto potencial da variação na resposta ao fármaco entre os indivíduos é um forte argumento para pesquisar ainda mais este campo. E também constitui um bom exemplo de por que a medicina personalizada pode ser o caminho a seguir; mesmo quando estamos falando de fármacos comuns," finalizou Häuser.

Infelizmente, a medicina convencional personalizada sofreu um duro revés esta semana, com a descoberta de que seus exames dão resultados diferentes em cada laboratório.

 

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Fonte:

Diário da Saúde

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