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Assuntos relativos às áreas das Medicinas Naturais / Medicinas Alternativas / Medicinas Tradicionais / Medicinas não Convencionais.
A tradicional broa de milho, um item simbólico da gastronomia regional portuguesa, está a ser feita em parte com milho geneticamente modificado, sem que o consumidor tenha disso qualquer conhecimento.
Análises a amostras recolhidas nalguns pontos do país revelam que nos distritos de Braga, Porto e Viana do Castelo há broa com milho transgénico em quantidades que obrigam a uma rotulagem específica, dizendo que o produto contém organismos geneticamente modificados (OGM).
Mas não há rotulagem, nem as panificadoras parecem saber que na farinha que usam há uma dose de milho cujos genes foram artificialmente modificados.
O Ministério da Agricultura e do Mar está a investigar esta situação, a primeira do género a ser detectada desde a aprovação de legislação sobre a rotulagem de produtos transgénicos em Portugal, em 2004.
O caso foi revelado no âmbito de uma projecto cientifico europeu, o programa Price, envolvendo vários países e destinado a avaliar se as medidas para manter OGM e não-OGM separados são eficazes, quando isto é necessário.
Segundo a legislação europeia, qualquer produto que tenha na sua composição mais de 0,9% de material transgénico tem de ter no seu rótulo ou no expositor onde está a ser vendido a mensagem: “Este produto contém organismos geneticamente modificados”.
Em 16 amostras de broas de milho avaliadas por investigadores da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Santarém, sete superavam aquele limite. A percentagem de OGM nas broas chegava a 5% no distrito do Porto, 10% em Viana do Castelo e 12% em Braga.
Portugal é um dos poucos países europeus onde se planta milho transgénico. Em 2014, foram cultivados cerca de 8500 hectares, uma pequena fatia (6%) da área total de milho no país. Na UE, a maior área de milho transgénico está em Espanha, onde cerca de 140 mil hectares foram cultivados em 2013.
Toda a produção nacional de milho transgénico vai para a alimentação animal, segundo Paula Carvalho. Mesmo o milho modificado que é importado pela UE tem sido quase todo utilizado para rações, dado que a indústria alimentar europeia genericamente recusa os produtos com OGM, com medo de uma reacção negativa dos consumidores. “O que possivelmente poderá acontecer é que milho importado para rações entrem nessa fileira [que vai dar à broa]”, avalia também a investigadora Fátima Quedas.
Caso queira ler sobre os perigos dos transgénicos e OGM para o nosso ADN, clique aqui.
Fonte:
Público
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