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Dentes com cárie que naturalmente, sozinhos, conseguem se regenerar sem o uso de obturação. Ou algo parecido. Conseguir essa façanha era o objectivo de um cientista brasileiro que liderou estudo publicado no na revista "Scientific Reports", do grupo Nature.

Para o tratamento de cáries, normalmente uma visita ao dentista e realização da famosa obturação (ou a aplicação de géis) são suficientes para tudo voltar ao "normal". Contudo, nos casos mais graves, em que polpa do dente acaba exposta, mesmo o melhor tratamento disponível hoje modifica a estrutura natural dentária. Nele, o buraco causado pela cárie é vedado e preenchido por uma espécie de cimento, o MTA.

 

Foi em busca de formas mais naturais de tratar o problema que Vítor Neves, doutorando bolsista do programa federal Ciência sem Fronteiras, junto a uma equipa de Londres, iniciou sua pesquisa. A ideia da equipe foi utilizar e estimular as já conhecidas células-tronco presentes na polpa do dente.

Primeiro, os pesquisadores fizeram buracos que chegavam à polpa dos dentes molares de ratinhos. Eles escolheram especificamente esses dentes pela semelhança fisiológica com os dos humanos – os incisivos dos roedores crescem durante toda a vida.

Depois disso os cientistas encharcavam uma minúscula esponja biodegradável de colágeno com uma droga chamada tideglusib. Esse medicamento, que estimula a multiplicação e a regeneração celular, já foi testado para tratamento de demências, como a doença de Alzheimer.

O próximo passo era colocar a esponja no buraco criado e observar os resultados pelas seis semanas seguintes.

Após esse período, os pesquisadores observaram a recuperação total da dentina afectada do roedor e o desaparecimento da esponja. Segundo eles, o tideglusib serve como uma superestimulante para as células-tronco que irão reparar o dente.
"O modelo é baseado na biologia de diferenciação celular. É realmente estimular o potencial natural do dente. A gente viu que ele conseguiu se reparar sozinho", diz Neves.

O cientista afirma que um dos diferenciais da pesquisa é que tudo o que foi usado no tratamento já é conhecido de estudos anteriores. 

DESAFIOS
Um dos maiores desafios da continuidade da pesquisa, segundo Neves, é a escala.
Os dentes dos ratos são extremamente pequenos. Desse modo, para garantir o funcionamento do tratamento, a equipa já iniciou testes em animais maiores – ratazanas.

"Vamos tentar aumentar o tamanho da cárie. Se a gente conseguir tratar essa lesão maior, passamos para humanos", diz Neves. Com as diferenças de tamanho, algumas adaptações serão necessárias, como a concentração e a quantidade da droga usada.

Se tudo correr como esperado pela equipe, testes em humanos serão possíveis durante 2018 e, quem sabe, o tratamento já poderia ser aplicado por dentistas em cerca de cinco anos.

Neves afirma que não há risco de intoxicação relacionada ao tratamento, já que a quantidade utilizada da droga é muito pequena, na casa dos picogramas (um trilionésimo de um grama).

Para José Imparato, presidente da ABO (Associação Brasileira de Odontopediatria) e professor da USP, a proposta é extremamente interessante e sem similares na literatura científica actual. O tratamento, porém, seria destinado somente aos casos mais graves de cárie, quando há exposição da polpa.

Imparato afirma que hoje esse tipo de caso é mais difícil de ser encontrado. "Cada terapia que surge consegue preencher uma lacuna", afirma. Para ele, tratamentos mais comuns e disponíveis continuarão necessários para muitos casos.

Imparato também destaca a naturalidade envolvida no processo (com estimulação para o próprio dente se regenerar e a esponja biodegradável), mas diz que "para dente humano, que é maior, precisa de mais estudo".

Além dos testes laboratoriais já realizados com ratos, está prevista uma nova bateria de ensaios, para demonstrar a sua eficácia a uma escala humana, a fase seguinte do processo. Muita gente, em alguma determinada fase da sua vida, sofre de cárie. São muito raras as pessoas que não sofrem de cáries, tirando algumas tribos e muitos africanos em África.

 

Técnica inovadora permite tratar as cáries sem o uso de broca

A empresa alemã DMG, juntamente com a Universidade de Kiel, desenvolveu um tratamento para tratar as cáries sem o uso de broca, em apenas 15 min. O novo método está indicado para cáries recentes depositadas sobre o esmalte ou que penetraram apenas até ao primeiro terço da dentina, sobretudo nos espaços entre os dentes. Começa-se por isolar o dente com uma espécie de borracha e aplicam-se substâncias que permitem remover a cárie do local afectado. Depois, coloca-se uma película de resina que preenche a cavidade e endurece rapidamente. Apesar de inovador, este novo método de tratamento não é recomendado para o tratamento de situações de cárie mais antigas.

 

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Fonte:

Ciberrede

Folha de Londrina

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