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Certas Bactérias Intestinais Protegem Contra Alergias Alimentares!

Ciência médica confirma as observações feitas pelos nossos ancestrais, Naturopatia e Ciência Iniciática. O uso de bebidas fermentadas, assim como alimentos também fermentados, como Kvass, Chucrute e Kimchi, entre outros comprovam a sabedoria dos antepassados.

Imagem: institutorv.

 

O microbioma do seu corpo — colónias de vários micróbios que residem no seu intestino e em outros lugares e em outras partes do corpo — é tão único quanto sua impressão digital.

Ele varia de pessoa para pessoa com base em factores como dieta, estilo de vida, histórico de saúde, localização geográfica e até ancestralidade. Seu microbioma é, de facto, um dos ecossistemas mais complexos do planeta.

Em termos de proporções, as suas bactérias superam as células do seu corpo em 10 para 1, e os vírus superam as bactérias em 10 para 1! Então, não só o seu corpo é o lar de 100 trilhões/biliões de bactérias, você também abriga cerca de 1 quatrilhão/trilião de vírus (bacteriófagos).

Todos esses organismos desempenham uma infinidade de funções nos principais sistemas biológicos, e precisam ser adequadamente equilibrados e cuidados para manter a boa saúde.

Por exemplo, suas bactérias intestinais influenciam suas respostas imunológicas, o funcionamento do sistema nervoso e desempenham um papel no desenvolvimento de diversas doenças, incluindo alergias alimentares, conforme demonstrado por pesquisas recentes.

 

As Alergias estão Aumentando em todo o Mundo Ocidental
As alergias alimentares afetam cerca de 15 milhões de pessoas, incluindo uma em cada 13 crianças. Estatísticas perturbadoras também apontam que alergias alimentares potencialmente mortais estão aumentando. Por exemplo, entre 1997 e 2011, as alergias alimentares em crianças aumentaram 50%!

 

As crianças que moram em cidades correm um risco maior. Em um estudo, 10% das crianças criadas em grandes cidades desenvolveram uma alergia alimentar antes dos 5 anos de idade.29% desenvolveram sensibilidade alimentar. A alergia alimentar mais comum foi ao amendoim (6%), seguida por ovos (4,3%) e leite pasteurizado (2,7%).

Aqueles que moram em cidades também possuem um risco elevado de desenvolver asma e outras alergias ambientais. Da mesma forma, na Grã-Bretanha, 1 em cada 3 pessoas é alérgica a alguma coisa, seja pólen, ácaros ou alimentos.

Pesquisas anteriores estabeleceram paralelos entre o aumento de alergias e o aumento do uso de antibióticos e antimicrobianos. De acordo com pesquisadores britânicos, a exposição a antibióticos no início da vida pode aumentar o risco de desenvolvimento de eczema em 40%.

 

Outros cientistas demonstraram claramente como os alimentos geneticamente modificados e o uso do herbicida agrícola glifosato destroem as bactérias do intestino e promovem alergias. Um estudo recente acrescenta mais credibilidade à hipótese do microbioma danificado.

 

Certas Bactérias Intestinais Protegem Contra Alergias Alimentares
O estudo, que usou ratos, descobriu que uma bactéria intestinal comum chamada Clostridia ajuda a prevenir a sensibilização a alérgenos alimentares. De fato, as respostas imunes aos alérgenos alimentares foram revertidas quando as bactérias Clostridia foram colocadas de volta nos ratos.

Outro tipo comum de bactérias intestinais, chamada Bacteroides, não teve esse efeito, sugerindo que a Clostridia pode ter um papel único nesse sentido.

Usando a análise genética, os pesquisadores determinaram que Clostridia instrui as células imunes a produzir uma molécula de sinalização chamada interleucina-22 (IL-22), que é conhecida por reduzir a permeabilidade do revestimento nos seus intestinos.

Em outras palavras, ela ajuda a prevenir a síndrome do intestino permeável — uma doença que permite que os alérgenos entrem na corrente sanguínea, produzindo uma resposta imune. Os pesquisadores sugerem que esta descoberta pode eventualmente levar a terapias probióticas para tratar alergias alimentares. Conforme relatado pelo CanalSaúde/HealthCanal:

“Ao induzir respostas imunes que impedem a entrada de alérgenos alimentares na corrente sanguínea, a Clostridia minimiza a exposição a alérgenos e previne a sensibilização — um passo fundamental no desenvolvimento de alergias alimentares…


Embora as causas da alergia alimentar… sejam desconhecidas, os estudos sugerem que práticas higiénicas ou dietéticas modernas podem desempenhar um papel ao danificar a composição bacteriana natural do corpo…
‘Estímulos ambientais como o uso excessivo de antibióticos/antivida, dietas com alto teor de gordura, nascimento por cesariana, remoção de patógenos comuns e até mesmo fórmulas alimentares afectaram a microbiota com a qual co-evoluímos’, disse a Dra. Cathryn Nagler, professora da Bunning Food Allergy da Universidade de Chicago.
‘Nossos resultados sugerem que isso pode contribuir para a crescente susceptibilidade a alergias alimentares.’”


Danos Precoces Causados à Flora Intestinal Também Podem Promover Problemas Metabólicos
Além do aumento do risco de alergias, os danos precoces feitos ao seu microbioma também pode ter efeitos em longo prazo no seu metabolismo. Um estudo recente sugere que expor crianças a antibióticos/antivida pode, de facto, predispor à obesidade.

O estudo, publicado na revista Cell, aponta para a existência de uma janela de tempo em que mudanças no microbioma podem ter um impacto sério e de longo prazo no metabolismo do corpo.

 

Esta janela foi no primeiro mês de vida em ratos. Traduzindo isso para uma escala de tempo humano — desde que o efeito aplique-se totalmente aos humanos — isso iria correlacionar-se com o período de tempo que equivale aos primeiros seis meses; potencialmente até os primeiros três anos. Os ratos que receberam antibióticos nas primeiras quatro semanas de vida cresceram 25% mais e tiveram 60% mais gordura corporal do que os ratos de controle.

 

Os pesquisadores identificaram 4 espécies específicas de bactérias intestinais que pareciam ser de particular importância no que diz respeito ao metabolismo: Lactobacillus, Allobaculum, Rikenelleceae e Candidatus arthromitus (o último não é encontrado em humanos).

A erradicação dessas 4 espécies de bactérias nos intestinos dos ratos desencadeou mudanças metabólicas que levaram à obesidade. Conforme relatado pelo The Guardian:

“Essas descobertas… baseiam-se em estudos anteriores que descobriram que as crianças que tomavam antibióticos/antivida antes dos 6 meses de idade eram mais propensas a ter excesso de peso quando tinham 7 anos de idade.
‘Isso faz parte de um crescente corpo de evidências de que os antibióticos/antivida possuem um custo biológico’, disse Martin Blaser, microbiologista que liderou o estudo na Universidade de Nova Iorque. ‘Nosso estudo demonstrou que pode haver consequências permanentes’.


Os médicos dão antibióticos/antivida pensando errôneamente que não farão nenhum mal, mas esse estudo fornece evidências de que eles podem fazer’, acrescentou Blaser…

‘Descobrimos que 4 semanas de antibióticos/antivida foram suficientes para danificar o microbioma, e mesmo que ele tenha retornado ao normal após algumas semanas, os ratos ainda ficaram gordos.’”


Alterar o seu Microbioma é Fácil com as Mudanças Dietéticas Apropriadas
A melhor maneira de optimizar sua flora intestinal é através da sua alimentação.

 

Primeiro, você deve certificar-se de evitar:

Grãos e açúcares, pois eles promovem o crescimento de fermentos patogénicos e outros fungos. Grãos contendo glúten são particularmente prejudiciais para a sua microflora e saúde em geral.


Alimentos geneticamente modificados, uma vez que eles contêm algumas das maiores quantidades de glifosato (pesticida cancerígeno). Descobriu-se que este herbicida agrícola dizima micróbios e tende a atacar preferencialmente as bactérias benéficas.


Alimentos processados e pasteurizados, que prejudicam suas bactérias boas.


Carnes e outros produtos animais criados convencionalmente; os animais criados convencionalmente/intensivamente/químicamente são largamente alimentados com doses de antibióticos/antivida e rações transgénicas/OGM.


Água da torneira clorada, pois o cloro mata não apenas bactérias patogênicas na água, mas também as bactérias benéficas no intestino.

 

Benéfico:

Uma dieta saudável deve ser rica em alimentos integrais, não processados e sem açúcar, junto com alimentos tradicionalmente fermentados ou cultivados. Alimentos fermentados também são um componente chave do protocolo GAPS, uma dieta projectada para curar e selar seu intestino.

 

Seu objectivo deve ser consumir vegetais fermentados em cada refeição, mas pode ser que você tenha de chegar nesta medida gradualmente. Considere começar com apenas 1 ou 2 colheres de chá algumas vezes por dia e aumentar conforme sua tolerância permitir. Se isso for demais (talvez seu corpo esteja seriamente comprometido), você pode até mesmo começar a beber uma colher de chá da salmoura dos legumes fermentados, que é rica nos mesmos micróbios benéficos.

 

Você também pode querer considerar tomar um suplemento probiótico de alta potência, mas perceba que não há um substituto para um alimento real. Um artigo anterior do Jornal de Antropologia e Fisiologia (estadunidense) afirma que a fermentação adequadamente controlada amplifica o conteúdo específico de nutrientes e fito-químicos dos alimentos, melhorando assim a saúde.

 

Outros Factores Ambientais que Afetam o seu Microbioma
Além de uma dieta inadequada, o seu microbioma também é afetado por uma variedade de fatores ambientais e escolhas de estilo de vida, para melhor ou para pior. Passar algum tempo no hospital aumenta o risco de adquirir alguma coisa enquanto estiver lá. Uma estadia de dez dias significa 10% de chance de pegar alguma coisa.

 

Alguns dos factores que representam os perigos mais graves para o seu microbioma incluem:

- Antibióticos/antivida (use somente se for absolutamente necessário, e certifique-se de repovoar seu intestino com alimentos fermentados e/ou um bom suplemento probiótico)

- AINEs (Anti-inflamatórios não esteróides) danificam as membranas celulares e interrompem a produção de energia pelas mitocôndrias)

- Inibidores da bomba de prótons (remédios que bloqueiam a produção de ácido no estômago, normalmente receitados para a DRGE, como Omeprazol, Prevacid e Nexium)

- Sabão anti-bacteriano

- Estresse

- Poluição

- Drogas farmacêuticas

- Pesticidas

- Transgénicos/OGM


Como observado em uma reportagem recente da BBC News, a falta de exposição ao ar livre pode fazer com que seu microbioma fique “deficiente”. Depois de monitorar a localização de duas famílias por 24 horas, os pesquisadores descobriram que os membros da família passavam em média 91% do seu tempo dentro de casa.

Essa tendência pode, de facto, ser um dos factores que impulsionam o aumento das estatísticas de alergia no mundo moderno — em suma; nós não estamos expondo-nos as bactérias benéficas que os seres humanos costumavam receber da própria terra.

 

De acordo com a BBC:

“Indiscutivelmente, a coisa mais fácil que todos nós podemos fazer para reduzir nossas chances de tornar-nos alérgicos é sair de casa. Seja para caminhar com o cachorro ou andar até a escola, a evidência sugere que estar do lado de fora de casa e respirar profundamente é bom para você.
Um estudo descobriu que, se você tiver mais plantas e flores em torno de sua casa, não só é mais provável que você tenha uma variedade diversificada de bactérias na sua pele, mas também é menos provável que você torne-se alérgico.
O professor Graham Rook, da Universidade College London, chama essas bactérias de ‘velhos amigos’ e não tem dúvidas sobre sua importância para a saúde. Ele diz: ‘De certa forma, a percepção de que os humanos são de facto ecossistemas e que dependemos muito desses microrganismos é provavelmente o avanço mais importante da medicina nos últimos 100 anos.’”

 

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Fonte:

Mercola

 

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