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A síndrome do intestino Irritável (SII) é uma desordem crónica comum do intestino grosso que afecta 10 a 15% da população mundial. Actualmente, não há cura conhecida para a SII, portanto, os tratamentos geralmente se concentram em aliviar os sintomas. Gerenciar essa condição normalmente envolve estudar hábitos alimentares, tomar medicação sem receita e reduzir o estresse. No entanto, os pesquisadores da Universidade de Sheffield descobriram que a suplementação com vitamina D pode ser eficaz no controle dos sintomas mais dolorosos da doença. 

 Imagem:s2.qwant.

A fim de chegar a essa conclusão, a equipe/equipa investigadora analisou sete estudos relacionando a deficiência de vitamina D com a SII: 3 foram ensaios randomizados controlados, enquanto os quatro restantes foram estudos observacionais. Pesquisas anteriores correlacionaram baixos níveis de vitamina D com o aumento da chance de adquirir várias condições gastro-intestinais, incluindo câncer/cancro colorretal e a doença inflamatória intestinal. 

Uma revisão preliminar de relatos individuais sugere fortemente que altas doses de  vitamina D possa ser um dos tratamentos mais eficazes já descobertos para a síndrome do cólon irritável (SCI).

A SCI, também conhecida como cólon espástico, é uma doença comum, sem causa ou cura conhecida. A doença caracteriza-se por períodos alternados de remissão e de surtos. Os sintomas dos surtos tendem a ser dominados por diarreia ou constipação, mas podem incluir outros, como desconforto abdominal, dores e inchaço. Muitos pacientes controlam a SCI través de uma combinação de terapias farmacêuticas e alternativas, mas nenhuma terapia é consistentemente eficaz para todas as pessoas.

Algumas das mais fortes provas científicas para a eficácia do tratamento da vitamina D vem de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Sheffield, Inglaterra e publicado na revista BMJ Case Reports em dezembro de 2012.

O estudo começa relatando o caso de uma mulher de 41 anos que havia sofrido de “SII severa com  diarreia predominante” por 25 anos, e que tinha recebido um diagnóstico oficial aproximadamente 20 anos antes do estudo. Ela havia recebido tratamentos com medicamentos anti-espasmódicos, inibidores selectivo de recaptação de serotonina (ISRS) e drogas anti-microbianas, mas nenhum deles teve qualquer efeito significativo sobre os seus sintomas. Terapias dietéticas, incluindo evitar lactose e glúten, tinham fornecido alívio mais sólido dos sintomas, mas não a impediram de ter surtos regulares. 

Através das mídias sociais, a mulher aprendeu que outros pacientes utilizavam efectivamente a vitamina D3 como um tratamento para a SCI.

“O paciente agora toma 2.000 a 4.000 IU de vitamina D3 diariamente,” escreveram os pesquisadores. “A dosagem varia de acordo com a estação do ano, 2.000 UI no verão e 3 a 4.000 IU no inverno. Desde o início deste regime de suplementação, o sujeito apresentou melhoras significativas nos sintomas e agora experimenta um trânsito intestinal perto do normal. Em 3 anos de suplementação, recaídas ocorrerem apenas quando a suplementação foi interrompida.”

A suplementação de vitamina D também eliminou seus problemas crónicos de ansiedade e depressão, relataram os pesquisadores.

Suporte empírico abundante
Com base nestes resultados notáveis, os pesquisadores decidiram investigar relatos semelhantes. Eles procuraram na Internet por sites e fóruns onde pacientes de SCI relataram o uso de vitamina D. Os pesquisadores identificaram 37 pacientes distintos de SCI que relataram o uso de vitamina D. Em 70 por cento dos casos, os pacientes relataram que suplementação de vitamina D havia conduzido a melhoras na sua condição.

Um paciente disse, “Eu… tive SII por cerca de 20 anos… em Agosto de 2009… comecei a tomar 3.000 IU de vitamina D… gradualmente, eu parei de ter urgências loucas e comecei a ter evacuações normais… Então comecei a tomar 5.000 UI de vitamina D por dia… e desde então… Sinto que eu mudei a minha vida.”

Um outro disse, “quando acabou minha receita [para a vitamina D] meu médico me disse para tomar vitamina sem prescrição uma vez por dia novamente… Quanto mais tempo eu estava sem as altas doses de vitamina D mais doente eu ficava… no dia seguinte comecei as altas doses de vitamina D, eu me senti melhor rapidamente. ”

De acordo com a pesquisadora Margherita T. Cantorna da Universidade Penn State, SCI pode realmente causar deficiência de vitamina D. Como tal, ela recomenda que todos os pacientes de SCI tenham seus níveis de vitamina D verificados mesmo se eles não estiverem considerando a terapia da vitamina D.

Como já se sabe, a vitamina D desempenha um papel importante na manutenção de boa saúde óssea, função imunológica adequada, intestino saudável e pode até mesmo afectar a saúde mental. Assim, recomenda-se que os pacientes com SII tenham seus níveis de vitamina D controlados.

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Fontes:

Coração e Vida

EpochTimes

Natural News

Notícias Naturais

Science News

Vitamina D