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Assuntos relativos às áreas das Medicinas Naturais / Medicinas Alternativas / Medicinas Tradicionais / Medicinas não Convencionais.
Calor da bondade
Imagem: luispellegrini.
Psicólogos da Universidade de Sussex (Reino Unido) afirmam ter confirmado que o "calor da bondade" é algo real, algo que pode ser sentido mesmo quando você não está directamente envolvido e não tem nada a ganhar com o acto bondoso.
E eles encontraram os sinais desse "calor" "não no coração", mas directamente no cérebro(!).
Jo Cutler e Daniel Meiklejohn chegaram a essa conclusão depois de analisar pesquisas científicas/materialistas envolvendo os mapeamentos cerebrais de mais de 1000 pessoas enquanto elas tomavam decisões envolvendo amabilidade.
Como vários experimentos individuais sugeriam que a generosidade activa a rede de recompensas do cérebro, os 2 pesquisadores dividiram a análise entre o que acontece no cérebro quando as pessoas agiam com altruísmo genuíno - quando elas não têm um benefício pessoal - e quando elas agiam com "gentileza estratégica" - quando podiam ganhar algo como consequência de sua decisão.
Os resultados mostraram que as áreas de recompensa do cérebro de facto são mais activas - ou seja, usam mais oxigênio - quando as pessoas agem com gentileza estratégica, quando há uma oportunidade para os outros retribuírem o favor.
Mas eles também revelam que actos de altruísmo verdadeiros, sem expectativa de benefício pessoal, também activam as áreas de recompensa do "cérebro" e, mais do que isso, que algumas regiões cerebrais (o córtex cingulado anterior subgenual) são mais activas durante a generosidade altruísta, indicando que há algo único em ser altruísta sem esperança de ganhar algo em troca.
Doar quando não há nada a ganhar
"Este estudo mais substancial suscita questões sobre as pessoas terem diferentes motivações para doar aos outros: interesse próprio claro versus o calor do altruísmo. A decisão de compartilhar recursos é uma pedra angular de qualquer sociedade cooperativa. Sabemos que as pessoas podem escolher ser gentis porque gostam de se sentir como uma pessoa boa, mas também que as pessoas podem escolher ser gentis quando pensam que pode haver algo 'nisso' para elas, como um favor retornado ou uma melhor reputação.
"Algumas pessoas podem dizer que 'por que' doamos não importa, contanto que o façamos. No entanto, o que nos motiva a ser gentis é ao mesmo tempo fascinante e importante. Se, por exemplo, os governos puderem entender por que as pessoas podem doar quando não há nada a ganhar, então eles poderão entender como incentivar as pessoas a se voluntariar, doar para caridade ou apoiar outras pessoas em sua comunidade," disse Meiklejohn.
Altruísmo no cérebro
Cientistas descobriram que pessoas altruístas apresentam um significativo incremento na massa cinzenta do cérebro.
"Este é o primeiro estudo a relacionar a anatomia do cérebro e a activação do cérebro humano para o altruísmo," disse Ernst Fehr, da Universidade de Zurique.
"Os resultados sugerem que o desenvolvimento do altruísmo através de um treinamento adequado ou práticas sociais pode ocorrer através de mudanças na estrutura cerebral e das activações neurais que identificamos em nosso estudo," prevê ele.
Holismo científico
Descobertas recentes das neuro-ciências têm revolucionado o conhecimento que temos do cérebro.
Mas, depois de décadas de determinismo biológico - a crença de que somos o que somos devido unicamente à nossa biologia - a ciência tem timidamente começado a ceder espaço para percepções mais integrais do ser humano.
A descoberta de que o cérebro é altamente adaptável levou a descobertas como a de que as mudanças no cérebro podem ser induzidas voluntariamente, dando sustentação a novas pesquisas na área de psicoterapia e meditação, entre outras, abrindo caminho para terapias não-medicamentosas de alta eficácia.
O presente estudo não se insere directamente nessa linha, mas lhe dá um forte suporte experimental.
Empatia e altruísmo
Pessoas com elevada empatia e capacidade de compreensão dos outros são mais altruístas.
Por sua vez, a capacidade de compreender as perspectivas dos outros já havia sido previamente associada com a maior actividade em uma região do cérebro conhecida como a junção temporoparietal.
As imagens de tomografia cerebral não deixaram dúvidas: quanto mais difícil é o ato altruístico - o experimento envolvia dar até todo o seu dinheiro para os outros - maior é a activação da junção temporoparietal, algo não percebido naqueles que simplesmente preferem ficar com seu próprio dinheiro.
Além disso, essa maior activação é suportada por uma junção temporoparietal fisicamente maior.
Altruísmo aumenta a massa cinzenta do cérebro
Treinando o altruísmo
"Nós elucidamos a relação entre o hardware e o software do comportamento altruístico humano," comemora Yosuke Morishima, co-autor do estudo.
"Esses resultados são muito entusiasmantes para nós. Entretanto, ninguém deve ir logo tirando a conclusão de que o comportamento altruístico é determinado apenas pelos fatores biológicos," alerta o Dr. Fehr.
Segundo ele, os resultados levantam a questão fascinante de se é possível promover o desenvolvimento de regiões cerebrais que deem suporte ao comportamento altruístico.
A meditação parece ser um bom ponto de partida para tentar responder essa questão:
Segundo 1 estudo, a meditação altera estrutura do cérebro em 8 semanas.
Massa cinzenta
2 meses de prática de meditação são suficientes para gerar mudanças mensuráveis nas regiões do cérebro associadas à memória, ao sentido de si mesmo, à empatia e ao estresse.
Em um estudo que foi publicado na revista Pesquisa Psiquiátrica (revista anglo-saxónica), uma equipe/equipa liderada por cientistas do Hospital Geral de Massachusetts (MGH) relata os resultados deste que é o "primeiro" estudo a documentar alterações na massa cinzenta do cérebro produzidas pela meditação.
Nota bene:
A ciência materialista um dia vai saber que a bondade não aparece no cérebro mas no coração, não propriamente no órgão mas um pouco mais abaixo, à altura do chamado chacra do plexo solar.
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Fonte:
Diário da Saúde
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