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A banana é o fruto (ou melhor: uma pseudobaga) da bananeira, uma planta herbáceaacaule (e não uma "árvore", apesar do seu porte) da família Musaceae (género Musa Ensete, que produz as chamadas "falsas bananas"). As bananas constituem o quarto produto alimentar mais produzido no mundo, a seguir ao arroz, trigo e milho. São cultivadas em 130 países. São originárias do sudeste da Ásia, sendo actualmente cultivadas em praticamente todas as regiões tropicais do planeta. Vulgarmente, inclusive para efeitos comerciais, o termo "banana" refere-se às frutas de polpa macia e doce que podem ser consumidas cruas. Contudo, existem variedades cultivares, de polpa mais rija e de casca mais firme e verde, geralmente designadas por plátanos, banana-pão ou plantains, que são consumidas cozinhadas (fritas, cozidas ou assadas), constituindo o alimento base de muitas populações de regiões tropicais. A maioria das bananas para exportação são do primeiro tipo, ainda que apenas 10 a 15% da produção mundial seja para exportação, sendo a Europa a principal importadora. 

 As bananas formam-se em cachos na parte superior dos "pseudocaules" que nascem de um verdadeiro caule subterrâneo (rizoma ou cormo) que chega a ter uma longevidade de 15 anos ou mais. Depois da maturação e colheita do cacho de bananas, o pseudocaule morre (ou é cortado), dando origem, posteriormente, a um novo pseudocaule.

As pseudobagas formam-se em conjuntos que se agrupam até cerca de vinte bananas em "pencas". Os cachos de bananas, pendentes na extremidade do falso caule da bananeira, podem ter 5 a 20 pencas e podem pesar de 30 a 50 kg. Cada banana pesa, em média, 125 gr., com uma composição de 75% de água e 25% de matéria seca. São uma fonte apreciável de vitamina A, vitamina C, fibras e potássio.

Ainda que as espécies selvagens apresentem numerosas sementes, grandes e duras, praticamente todas as variedades utilizadas na alimentação humana não apresentam sementes, como fruto partenocárpico que é.

Características

É uma fruta tropical de cor verde, quando imatura, chegando a amarela ou vermelha, quando madura. Seu formato é alongado, podendo contudo variar muito na sua forma consoante as variedades e cultivares. O mesmo acontece com a polpa que pode ser mole ou dura, doce ou acre. A banana é um fruto partenocárpico, tal como o abacaxi, pois pode formar-se sem fecundação das sementes. Depois de cortadas escurecem facilmente devido à oxidação em contato com o ar. 
A espécie Musa balbisiana, vendida no mercado indonésio contém, excepcionalmente, sementes, e é considerada uma das espécies ancestrais das actuais variedades híbridas geralmente consumidas.


Valor Nutricional
Valor nutritivo de 100 gramas de Banana Prata (valores apenas referenciais):

 Macro Componentes
- Água (gr) - 74,26
- Energia (kcal) - 92
- Energia (kj) - 385
- Proteína (gr) - 1,03
- Lipídeos (total) (gr) 0,48
- Carboidratos por diferença (gr) - 23,43
- Fibra dietética (total) (gr) - 2,4
- Cinzas (gr) - 0,8

Minerais
 - Cálcio, Ca (mg) - 6
- Ferro, Fe (mg) - 0,31
- Magnésio, Mg (mg) - 29
- Fósforo, P (mg) - 20
- Potássio, K (mg) - 396
- Sódio, Na (mg) - 1
- Zinco, Zn (mg) - 0,16
- Cobre, Cu (mg) - 0,1
- Manganês, Mn (mg) - 0,15
- Selênio, Se (mcg) - 1,1

 Vitaminas
- Vitamina A (Retinol) - 81 IU
- Vitamina A (Retinol) - 8 mcg_RE
- Vitamina B1 (Tiamina) - 0,04 mg
- Vitamina B2 (Riboflavina) - 0,1 mg
- Vitamina B3 (Niacina) - 0,54 mg
- Vitamina B5 (Ácido pantotênico) - 0,26 mg
- Vitamina B6 (Piridoxina) - 0,57 µg
- Vitamina B9 (Ácido fólico) - 19,1 IU
- Vitamina C (Ácido ascórbico) - 9,1 mg
- Vitamina E (Tocoferol) - 0,27 mg_ATE

História
O cultivo de bananas pelo Homem teve início no sudeste da Ásia. Existem ainda muitas espécies de banana selvagem na Nova Guiné, na Malásia, Indonésia e Filipinas. Indícios arqueológicos e paleoambientais recentemente revelados em Kuk Suampe na província das Terras Altas Ocidentais da Nova Guiné sugerem que esta actividade remonta pelo menos até 5000 a.C., ou mesmo até 8000 a.C.. Tais dados tornam este local no berço do cultivo de bananas. É provável, contudo, que outras espécies de banana selvagem tenham sido objecto de cultivo posteriormente, noutros locais do sudeste asiático.

A banana é mencionada em documentos escritos, pela primeira vez na história, em textos budistas de cerca de 600 a.C.. Sabe-se que Alexandre o Grande, comeu bananas nos vales da Índia em 327 a.C.. Só encontramos, porém, plantações de banana organizadas a partir do século III d.C. na China. Em 650, os conquistadores Islâmicos trouxeram a banana para a Palestina. Foram, provavelmente, os mercadores árabes que divulgaram a banana por grande parte de África, provavelmente até à Gâmbia. A palavra banana teve origem na África Ocidental e, adoptada pelos portugueses e espanhóis passou também a ser usada, por exemplo, na língua inglesa.

Nos séculos XV e XVI, colonizadores portugueses começaram a plantação sistemática de bananais nas ilhas atlânticas, no Brasil e na costa ocidental africana. Mas as bananas mantiveram-se, durante muito tempo, desconhecidas da maior parte da população européia. Por exemplo, note-se que Júlio Verne, na obra "A volta ao mundo em oitenta dias" (1872), descreve o fruto detalhadamente porque sabe que grande parte dos seus leitores o desconhece.

Algumas fontes referem que já existiam espécies nativas de bananeira na América pré-colombiana, que se designaria como pacoba, mas, em termos gerais, não é dado crédito a tal informação.

Usos e variedades

Existem quatro padrões ou tipos principais de variedades de banana: a banana-prata; a banana-maçã (de tamanho pequeno e mais arredondada), a banana-d'água ou caturra e a banana-terra.

Entre as bananas de mesa contamos as variedades maçã, ouro, prata e nanica (anã, baé). Esta última deve o seu nome ao porte da bananeira sendo, na verdade, uma banana de grande dimensão. Outras variedades incluem a banana das Canárias, a banana da Madeira, a Gros Michael, a Latacan, a Nanican e a Grande Anã. A variedade Cambuta, como é designada em Cabo Verde, é resistente em climas mais frios, sendo a mais utilizada em zonas subtropicais e temperadas/quentes. A cultivar Valery, introduzida pelos portugueses em São Tomé, em 1965 e depois em Angola, onde foi responsável por um surto na produção de bananas neste país até 1974.

A banana, enquanto está verde, é constituída essencialmente por água e amido, e é por essa razão que o seu sabor é adstringente. No entanto, por essa razão, pode ser utilizada como fonte de hidratos de carbono em diversos pratos. Pode ser produzida farinha a partir de bananas verdes. À medida que vão amadurecendo, o amido transforma-se em açúcares mais simples, como a glicose e a sacarose, que lhe dão o sabor doce.


Além de consumida fresca, a banana é utilizada para diversos fins. Em sobremesas de colher, podemos citar as bananadas, feitas com banana-anã e banana-prata. É ingrediente indispensável na salada de fruta (ainda que oxide facilmente), podendo, ainda, ser utilizada na confecção de sangria. Mas a banana-pão é muito utilizada para outros fins culinários, como na confecção de Banana Radelas - aperitivo feito com rodelas de banana desidratada ou frita, ou como acompanhamento de diversos pratos tradicionais. As banana-anã e prata são frequentemente servidas cruas, misturadas com arroz e feijão ou outros acompanhamentos. Em alguns locais do Brasil, como em Antonina e cercanias, serve-se banana-terra cozida acompanhando o prato típico da região - o barreado - bem como na forma de "bala de banana". No Rio de Janeiro e em Pernambuco, o cozido é composto por carnes, tubérculos e legumes, além de bananas-da-terra e nanica. No sul de Minas Gerais é famoso o virado de banana nanica, que conta também com farinha de milho e queijo mineiro. No litoral norte de São Paulo, o prato principal da culinária caiçara chama-se "azul-marinho" e é constituído por postas de peixe cozidas com banana nanica verde sem casca, acompanhadas de um pirão feito com o caldo do peixe, banana cozida amassada e farinha de mandioca. Esta comunidades também produzem, tradicionalmente, aguardente de banana.
A banana-terra e a banana-figo são utilizadas fritas, tal como a banana anã, que deve, contudo, ser preparada à milanesa - isto é, passada por ovo batido e, depois, por farinha de trigo e farinha de rosca antes de ser frita, caso contrário, desmancha-se durante a fritura. A banana anã é ainda utilizada para assar.

A banana-maçã é indicada para problemas intestinais, ao aumentar facilmente o volume da massa fecal, ainda que possa causar obstipação.

A produção de sumo a partir de banana é dificultada pelo facto de se produzir apenas polpa quando o fruto é esmagado. Assim, não é possível obter "verdadeiro" sumo de banana, ainda que a sua polpa possa ser misturada ao sumo de outros frutos. Existem, contudo, sumos fermentados feitos a partir da polpa. Esta pode ainda ser utilizada na confecção de diversas compotas (especialmente com banana-figo e banana-anã).

Existem relatos de que seria usada, esmagada com mel, como remédio contra a icterícia em determinadas regiões asiáticas (onde o rizoma da bananeira é utilizado para o mesmo fim).

É também muito utilizada na alimentação de animais. É proverbial o seu uso na alimentação dos macacos, contudo é importante salientar que a banana jamais deve ser utilizada como única fonte de alimentação de macacos, pois contém pouco cálcio e muito fósforo[1], provocando um desequilíbrio alimentar bastante comum, que prejudica a formação e a manutenção da estrutura óssea dos animais.

Transporte e comercialização
Apesar de consumo prático, o transporte de bananas cria alguns problemas - amadurece rapidamente quando retirada de seu cacho e amassa com facilidade por ter uma casca não muito resistente. Além disso, como é uma fruta muito aromática, transfere o seu odor para objetos que com ela entrem em contacto. A maior parte da produção para o mercado interno é constituída por bananas verdes para cozinhar ou banana-pão - as variedades utilizadas como fruta são facilmente danificadas durante o seu transporte, mesmo quando transportadas apenas no seu país de origem.

As cultivares comerciais de sobremesa mais consumidas nas regiões temperadas (espécies Musa acuminata ou o híbrido cultígeno Musa X paradisiaca) são importadas em larga escala dos trópicos. São muito populares também devido ao facto de constituírem uma fruta não sazonal, que pode ser consumida fresca durante todo o ano. No comércio global, a variedade cultivar de maior importância económica é, de longe, a banana caturra ou banana d´água que ganhou em popularidade, durante a década de 1950 à cultivar Gros Michel, depois de esta ter sido dizimada pelo mal-do-panamá, um fungo que atacava as raízes das bananeiras.

Tal como acontece com outros tipos de fruta, é comum que o mercado internacional seja monopolizado por pouco mais que uma cultivar. Isso não se deve, contudo, ao sabor, mas às facilidades de transporte e de duração em armazenamento: de facto, as cultivares mais comercializadas raramente são mais saborosas que outras cultivares menos cultivadas por razões económicas. As infrutescências (cachos) são colhidas quando estão plenamente desenvolvidas, se se destinarem ao mercado interno. Se forem para exportação, são colhidas ainda verdes e com cerca de 3/4 do tamanho que poderiam atingir, amadurecendo em armazéns destinados para esse efeito no país onde serão consumidas. O momento da colheita exige grandes cuidados de modo a não machucar as bananas que perdem atractividade e qualidade se apresentarem manchas provocadas pelos choques. Os cachos são, então, despencados, ou seja, separados nas pencas que os constituem, rejeitando-se as pencas das extremidades (cerca de 25% da produção), por serem mais sujeitas aos choques durante o seu transporte, bem como pela sua forma e tamanho pouco adequado para a comercialização e para um eficaz acondicionamento. Estes excedentes podem ser utilizados pela indústria transformadora de alimentos, na produção de "purés", polpas para a confecção de sumos (fermentados ou não) ou na alimentação de animais. Em muitos casos, os excedentes são, simplesmente, deitados fora. As pencas são postas, então, em repouso para que exsudem a seiva em excesso, sendo depois lavadas e mergulhadas numa solução fungicida que evitará o apodrecimento a partir dos cortes. As pencas podem ainda ser cortadas em grupos mais pequenos (clusters) de modo a aumentar a quantidade de fruta embalada por unidade de volume, geralmente em caixas de cartão que podem ser envolvidas por sacos de polietileno e que são embarcadas, salvo raras excepções, nos chamados "barcos fruteiros". Para retardar o amadurecimento, é necessário renovar o ar no local de transporte, para retirar o etileno, hormona produzida pelo metalismo das bananas e que acelera a sua maturação.

Para induzir o amadurecimento das bananas, o ar do armazém pode ser rarefeito e preenchido por etileno. Contudo, se o fruto for comercializado verde, permitindo a maturação mais lenta, o sabor tornar-se-á mais agradável, com polpa firme, ainda que a casca possa ficar manchada e amarelo escura ou castanha. O sabor e a textura das bananas são, assim afectados pela temperatura a que amadurecem. Durante o transporte, são expostas a uma temperatura de cerca de 12°C e a uma humidade relativa próxima da saturação. A temperaturas mais baixas, contudo, a maturação é definitivamente travada e as bananas tornam-se cinzentas.

 

Prefira a banana biológica e/ou de cultivo ecológico, já que a banana convencional é várias vezes pulverizada com diversos químicos e pesticidas que em nada beneficiam a sua saúde.

 

Fonte:

coisas da vida

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