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O consumo de grãos regular começou aproximadamente há 10.000 anos, segundo a maioria das estimativas. Antes disso, o ser humano não consumia qualquer espécie de grãos. Estudos mostram que o funcionamento do cérebro humano e capacidade física foi atingida imediatamente muito antes da revolução agrícola dos grãos. Desde o surgimento da agricultura, a evidência arqueológica mostra claramente um declínio gradual na saúde humana. Há mais de 10.000 anos grande parte da população mundial era nómada e portanto recolectora, i.e. colhia o que a natureza lhe dava e gastava o mínimo de energia.

Grãos contêm ácido fítico, um bloqueador mineral que impede a absorção de cálcio, cobre, magnésio, ferro e zinco. O ácido fítico é encontrado no farelo de todos os grãos, assim como no revestimento externo de sementes e frutos secos.  O ácido fítico é encontrado em grãos, nozes, sementes e principalmente em leguminosas.

 A presença dos blocos de fitatos reduz drasticamente a absorção de cálcio, um factor de risco que aumenta a osteoporose e outros problemas relacionados com os dentes e ossos. Infelizmente, muitos médicos (da medicina convencional) e seus nutricionistas receitam uma alimentação de baixo teor de gordura (pobre em vitaminas lipo-solúveis que absorvem os minerais o que é 1 tremendo erro para a saúde), rica em fibras e 1 suplemento de cálcio para pessoas com osteoporose, só que o cálcio não é absorvido de qualquer modo já que os fitatos impedem a sua absorção.

  Além do ácido fítico, que bloqueia a absorção de minerais, temos o glúten (graças à ciência e à indústria) e Lectina.
 Os efeitos do glúten no intestino são geralmente catastróficos a nível do intestino.
 A Lectina, é encontrada em grãos de leguminosas como o feijão, grão de bico, lentilhas e soja, e outros.
 
As Lectinas não são assimiladas durante o processo digestivo e ligam-se a receptores no intestino, permitindo que eles e outras partículas do alimento sigam para a corrente sanguínea. O que não tem nada de saudável para o ser humano! O organismo humano, encara as  lectinas como intrusos tóxicos e assim desencadeia uma acção com o sistema imunológico de modo a eliminá-los.

O glúten e a Lectina destroem a vesícula biliar. A vesícula biliar descarrega os sais biliares que ajudam a digerir os alimentos. Quando os intestinos já estão prejudicados, a bílis não é descarregada.  As areias e as pequenas pedras que se formam, - que habitualmente são removidas cirurgicamente (ou naturalmente com sal Epsom e azeite) - é a consequência da bílis e do colesterol não fluírem normalmente da vesícula biliar.

 

O consumo de grãos aumenta o risco de:

- Ansiedade, depressão e esquizofrenia

- Alergias

- Artrite

- Autismo

- Diabetes

- Doenças auto-imunes, como a tiróide de Hashimoto/Hachimoto

- Infertilidade

- Obesidade

- Vários tipos de cancros, cólon, estômago, linfoma, e do pâncreas

 

A agricultura convencional/intensiva utiliza diversas práticas contranatura, incluindo o uso de fertilizantes fosfatados (nPk), trazendo maior teor de ácido fítico nos alimentos. A aveia, farelo, nozes, diversas sementes e a soja são muito ricos em ácido fítico, alimentos abundantes na alimentação actual.

 

Efeitos do ácido fítico sobre os dentes e ossos:
As pessoas consomem grandes quantidades de ácido fítico  como grãos, nozes, alguns legumes e sementes, padecem de maiores taxas de cáries, de disfunções minerais e ainda osteoporose.

A longo prazo, quando a alimentação carece de minerais ou contém altos níveis de fitatos, ou ambos, o metabolismo diminui, e o organismo entra em modo fome mineral. Então, o organismo, passa a usar o mínimo possível destes minerais. Os adultos até podem permanecer por décadas numa alimentação rica em fitatos, mas as crianças que crescem têm problemas graves pois numa alimentação rica em fitatos, seus corpos sofrem com a carência de cálcio e fósforo, o crescimento ósseo torna-se deficiente, baixa estatura, raquitismo, mandíbulas estreitas e cárie dentária, além da falta de ferro e zinco, gerando anemia e atraso mental. 
Assim como a falta de cálcio e de vitamina D, absorção deficiente devido aos fitatos pode causar malformação dos ossos das pernas (como no caso de raquitismo), pode trazer uma malformação aos maxilares, trazendo problemas de espaço entre os dentes (e daí os aparelhos para as crianças).

 

Apesar de tudo, os dentes e os ossos são capazes de curar a si mesmo em um processo chamado de remineralização. Determinadas células especializadas no centro do dente regeneram a dentina, depois, o esmalte remineraliza do lado externo. É isto que ocorre nos ossos, quando o ácido fítico é removido da alimentação e os minerais / vitaminas solúveis em gordura são adicionados.

Mellanby fez um estudo sobre crianças com cáries e provou esta teoria. Dividiu as crianças em 3 grupos:

1º grupo: alimentação regular com farinha de aveia (rica em ácido fítico)
2º grupo:  alimentação regular + vitamina D
3º grupo: alimentação pobre em ácido fítico + vitamina D.

 

O grupo do ácido fítico com o consumo de nenhuma vitamina D suplementar continuou a obter cáries com pouca ou nenhuma cura. 

O grupo que apenas complementava  vitamina D mostrou alguma cura, mas também teve algumas novas cavidades/cáries.

O grupo que não consumiu ácido fítico e complementava com vitamina D mostrou muito poucas novas cavidades e teve muitas cavidades existentes curadas.

 

  

Como prevenir e eliminar as cáries (através da própria alimentação, sem canais ou restaurações):

A cárie dentária, é apenas uma das muitas versões da nossa moderna nutrição deficiente devido também em grande parte à agricultura convencional/intensiva.
Cáries e problemas de gengivas indicam os problemas que vão muito mais para além da própria  boca.

Dr. Price, um dentista que viajou o mundo todo em busca da relação da nutrição e saúde dos dentes em diversos povos,  encontrou elementos chaves  para prevenir e reverter problemas de dentes e ossos, que são:
A presença de minerais suficientes na alimentação.
A presença de número suficiente de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K2) na alimentação.
Como bio-disponível estes nutrientes são e como o corpo é capaz de absorvê-los, também descobriu que esta é largamente influenciada pela presença de ácido fítico na alimentação.


O que isso significa isto? 

Eliminar o ácido fítico da alimentação. 

Os nossos antepassados sabiam como utilizar os grãos de forma a reduzir o ácido fítico, entre essas técnicas, a germinação e depois a fermentação, mesmo assim não é possível remover em grande parte o tal ácido. Deixar os cereais, feijão, grão e sementes de molho, durante 3 - 5 dias (mudar várias vezes a água) remove em parte o ácido fítico. A cozedura remove em parte o ácido fítico mas também os minerais, as vitaminas e a vitalidade dos alimentos.

   Abaixo temos uma tabela com teor de ácido fítico em certos alimentos: 

Tradução:

Salvado = Farelo; Cacahuetes = Amendoím; Altramuces = Tremoços; Judías = Feijões; Maiz = Milho; Guisantes = Ervilhas; Garbanzos = Ervilhas;  Lentejas = Lentilhas;

Arroz branco e pão branco são de baixo fitato porque seu farelo e o gérmen foram removidos, claro, eles também estão desvitalizados e sem minerais e vitaminas. Mas o conteúdo de fitatos baixo de alimentos ricos em hidratos de carbono/carboidratos refinados pode explicar o motivo de alguém que come farinha branca ou  arroz branco pode parecer ser relativamente saudável e imune a cáries dentárias, enquanto aqueles que comem pão de trigo integral e arroz integral podem sofrer de cáries, perda de massa óssea e outros problemas de saúde.

 

Segundo os elementos citados pelo Dr. Price, além de evitar os grãos, temos de obter quantidade suficiente de vitamina A, vitamina D, sais minerais (principalmente cálcio) e a vitamina K2.

 

- Vitamina A:

A vitamina A exerce numerosas funções importantes no organismo, como acção protectora  na pele e mucosas e papel essencial na função da retina (olhos). Confere elementos de defesa contra as infecções, preside ao crescimento alimentar dos tecidos dando-lhes resistência às enfermidades, desenvolvimento e manutenção  do tecido epitelial. Contribui para o desenvolvimento normal dos dentes e a conservação do esmalte e bom estado dos cabelos e gengivas. (Gengivas também precisam de vitamina C para ficarem livres de infecções) é responsável também pela saúde dos cabelos.

 Ela é encontrada em ovos, peixes, porém, em dietas veganas, a vitamina A é produzida através de betacarotenos por ex. cenouras, vegetais escuros mas é necessário que haja gordura junto a esses betacarotenos, pois a vitamina A é lipossolúvel. As dietas de baixas calorias/gorduras são extremamente deficientes neste ponto.

Carotenos são convertidos por acção de sais biliares quando alguma gordura passa pelo intestino.

 

Vitamina D:

Sua função é absorver cálcio dos alimentos, e regular a relação cálcio/fósforo. Ela aumenta o cálcio e diminui o fósforo  á fim de manter alcalinidade no sangue, que se traduz em remineralizaçao de ossos e dentes.

A vitamina D ajuda o corpo a regular os níveis de açúcar no sangue, desempenhando um papel importante na prevenção do diabetes tipo 2.


Ela  promove também a absorção e transferência de cálcio através das membranas celulares. Essa transferência cálcio é importante não apenas para os ossos, mas também para o bom funcionamento do cérebro e sistema nervoso.

A vitamina D também influencia a absorção de magnésio e zinco. Níveis adequados de cálcio, magnésio e zinco no cérebro são fundamentais para a neurotransmissão. Doenças como a enxaqueca, depressão, ansiedade, pânico, fibromialgia e síndrome do déficit de atenção, têm como base um mau funcionamento na neurotransmissão.

A vitamina D contribui para o equilíbrio hormonal. Estudos científicos associaram sua ingestão à melhora de doenças como ovários policísticos, infertilidade, TPM e enxaqueca menstrual.

Pessoas de pele clara podem produzir vitamina D através de 20 ou 30 minutos de exposição diária ao sol (quando ele se encontra acima de 40 graus). Pessoas de pele negra necessitam de uma exposição de 2 horas, mesmo nos trópicos, essa produção é feita através do colesterol, porém muitos não conseguem isso diariamente, pois ocorrem chuvas, passam o dia fechados em escritórios, etc..  por isso, veganos podem eventualmente de necessitar de suplementar vitamina D3, quando necessário. Omnívoros/oníveros podem obter através de peixes como sardinha e salmão, e uma pequena quantidade em ovos.

 

Vitamina E: 

Ela trabalha em conjunto com as outras vitaminas lipo-solúveis, sua principal função é proteger as células contra o stress/estresse oxidativo, o que se traduz em:

 

- Protejer a sua pele da luz ultravioleta
- Prevenir danos às células dos radicais livres
- Permitir que as células se comuniquem de forma eficaz
 

 Sua deficiência pode resultar em :

- Problemas do sistema digestivo, especialmente má absorção
- Formigamento ou perda de sensibilidade nos braços, mãos, pernas ou pés
- Problemas de fígado ou vesícula biliar

Ela está presente em mangas (maior quantidade), mamão e vegetais escuros como brócolos/brócolis, couve e espinafre, mas como se trata também de uma vitamina Lipo-solúvel, requer alguma quantidade de gordura ingerida em conjunto para ser absorvida.

 

Abóboras de cor amarelada por dentro são excelente fonte dessa vitamina também e devem ser ingeridas com alguma gordura para ser absorvida. Batata-doce e inhame cozidos pode ser outra fonte.

Cozinhar e a exposição ao ar de alimentos ricos nessa vitamina pode deteriorar a mesma. 

 

Vitamina K2:

Outra vitamina lipossolúvel.

 Essa vitamina era na época chamada de activador X, junto com as vitaminas anteriores, produziam efeitos na cura de cáries inacreditáveis nos estudos de Price.

A vitamina K2 é necessária para o cálcio  fazer o seu caminho da corrente sanguínea para os  ossos e dentes e ainda tem a  habilidade de prevenir a formação dos cristais de oxalatos de cálcio, que são componentes que roubam cálcio, contido principalmente em espinafre.

  A vitamina K2 é encontrada sobretudo em fontes animais (manteiga de leite de vaca, fígado de ganso, etc) ou fermentação de bactérias contidas no queijo de leite não pasteurizado e no Natto (feito de soja).

  Veganos que não ingerem a K2, podem ter deficiência, e talvez necessitem suplementar. Suspeita-se que as frutas em processo de fermentação contém essa vitamina em pequenas quantidades. Chucrute parece ser uma outra fonte.  É recomendada a ingestão de 100 mcg/dia da K2.

Lembre-se: vitamina K2 é diferente da vitamina K1 presente nas verduras.

 

Um estudo foi feito, mostrando a relação entre :

A suplementação de vitamina K2 e vitamina D evita as cáries

 Sais minerais , como o cálcio:

 Pode ser obtido através de diversos vegetais, como a couve, brócolos/brócolis, etc... mas devem ser muito bem mastigados para quebrar a celulose.

 

  Dr. Price conseguia excelente resultados em recuperação de cáries utilizando óleo de fígado de bacalhau, que é rico em vitamina A e D, além de leite crú e seus derivados crús (queijo e manteiga sem pasteurização), que tinham a vitamina K2.

  Todos os povos que tinham todos essas vitaminas e minerais em suas dietas, gozavam de saúde bucal excelente, e nunca escovavam seus dentes nem usavam fio dental.

 

  No livro curetoothdecay, existem diversas radiografias mostrando incríveis remineralizações de dentes cariados, usando apenas a associação de vitaminas A, D, E, K2  e sais minerais na alimentação proveniente de alimentos. 

   Outra dica importante é não comer alimentos doces entre várias refeições, pois a remineralização é afectada, é um problema bastante comum em crianças que ingerem bolachas e rebuçados, chocolates ao longo do dia.

 

Conclusão:  Para uma excelente saúde de ossos e dentes:

1- eliminar completamente os grãos da dieta, principalmente os integrais e substituir por frutas ou em situação de escassez usar tubérculos cozidos como batata-doce e abóboras.

2- Não negligenciar o consumo das vitaminas lipo-solúveis ( A, D, E K2) , e utilizar a técnica descrita de comê-las com algum tipo de gordura para que sejam absorvidas.  Saladas nocturnas contendo vegetais verde-escuros, com manga e um molho com gordura feito pepino, aipo, um pouco de coco, tomate, etc..   

3- Se não conseguir tomar sol adequadamente, suplementar a vitamina D (D3).

4- Comer níveis adequados de sais minerais como cálcio (muitas folhas verde escuras) .

5- Para ver se está ingerindo os minerais em quantidade suficiente, use o software cronometer.com

6- Não ficar comendo petiscos doces entre as refeições principais.

7- Enxaguar a boca com água após as refeições. (Ou escovar os dentes com xilitol)

8- Não escovar os dentes após uma refeição de alimentos ácidos como laranjas.

 

Resumindo:

O ácido fítico, prejudica a nossa saúde, especialmente a nível dentário e esqueleto.

Hoje não é possível para 7.000 milhões de habitantes deste planeta sobreviverem como recolectores como no Paleolítico, mas é possível para aqueles que não podem, cultivar os próprios alimentos em lugares pequenos (comparado ao tamanho dos campos convencionais de monocultivo intoxicados e esgotados das herdades/fazendas/campos de agronegócio de hoje em dia), como tem sido demonstrado através da permacultura e agroflorestas em locais que permitem o crescimento de frutíferas e árvores de porte maior.

A agricultura intensiva proporcionou que as plantas se tornassem mais agressivas, desse modo elas passaram a defender-se do modo de viver agressivo da sociedade actual moderna. O ácido fítico também serva para a planta germinar com vigor.

Só uma vida baseada em comunidades auto-suficientes/independentes/autarcas e auto-gestionadas, não dependentes de importação de recursos, pode alcançar a Paz e ter abundância, felicidade e saúde. 

 

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Fonte: (parcial)

Frugivorismo.Webs

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