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A anemia

26.11.16

Anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais, seja qual for a causa dessa deficiência. As anemias podem ser causadas por deficiência de vários nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas. Porém, a anemia causada por deficiência de ferro, denominada Anemia Ferropriva, é muito mais comum que as demais (estima-se que 90% das anemias sejam causadas por carência de Ferro). O ferro é um nutriente essencial para a vida e actua principalmente na síntese das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigénio para todas as células do corpo.

Anemia é o nome dado à redução do número de glóbulos vermelhos no sangue. Os glóbulos vermelhos, também chamados de hemácias ou eritrócitos, são as células responsáveis pelo transporte de oxigénio pela circulação sanguínea.

Para entender os sintomas da anemia é preciso antes compreender como funcionam os glóbulos vermelhos (hemácias). O sangue não é uma substância puramente líquida, nele estão diluídas milhões de células, sendo as hemácias as mais abundantes. A hemácia é uma célula cuja principal função é transportar oxigénio pelo sangue até os tecidos. Dentro das hemácias existe uma proteína chamada hemoglobina, que é a estrutura responsável pela ligação com a molécula de oxigénio. O oxigénio quando entra na hemácia e se liga à hemoglobina, podendo, assim, ser transportando por todo o corpo.

Portanto, resumindo o processo de funcionamento dos glóbulos vermelhos, podemos dizer que as hemácias vão até o pulmão, captam o oxigénio respirado (ligando-o a hemoglobina), e viajam pelo resto da circulação sanguínea distribuindo oxigénio para as células do corpo poderem funcionam adequadamente.

Quando há anemia, ou seja, uma quantidade reduzida de hemácias no sangue, passamos a ter sintomas devido a maior dificuldade das células receberem quantidades adequadas de oxigénio.

Quanto mais grave for a anemia, ou seja, quanto menor for a concentração de hemácias circulantes no sangue, mais intensos serão os sinais e sintomas.

Crianças, gestantes, lactantes (mulheres que estão amamentando), meninas adolescentes e mulheres adultas em fase de reprodução são os grupos mais afectados pela anemia, muito embora homens - adolescentes e adultos - e os idosos também possam ser afectados pela anemia.

 

Causas
As causas da anemia por deficiência de ferro, tanto em crianças como em gestantes, são basicamente o consumo insuficiente de alimentos fontes de ferro e/ou com baixa biodisponibilidade. Na gestante, a anemia pode ser causada também pelas baixas reservas de ferro pré-concepcionais e a elevada necessidade do mineral em função da formação dos tecidos maternos e fetais.

 

Sinais e sintomas da anemia:


 – Cansaço e falta de energia

Quando a quantidade de células que transportam oxigénio está reduzida, a capacidade do organismo de fornecer oxigénio para todos os tecidos fica comprometida. Como o oxigénio é um combustível essencial para as células funcionarem, a redução do mesmo provoca sintomas como cansaço, fraqueza, tonturas, falta de ânimo, dificuldade de concentração, sonolência e dor de cabeça.


Pessoas jovens e sadias toleram melhor o cansaço da anemia, sentindo estes sintomas apenas quando precisam realizar esforços. Já as pessoas mais idosas costumam se queixar muito de cansaço e falta de energia, tornando difícil a realização de tarefas simples, como se vestir, tomar banho e andar pela casa.

O cansaço é o sintoma mais comum e mais típico da anemia. Quanto mais rápida for a queda da concentração de hemácias, mais intenso é o sintoma de cansaço.

 

 – Falta de ar

A falta de ar costuma ocorrer em casos graves de anemia ou nos pacientes que já apresentam algum grau de mau funcionamento cardíaco e/ou pulmonar.  Como a quantidade de oxigénio que chega às células é insuficiente, a resposta do organismo é acelerar a frequência respiratória, na tentativa de aumentar a oxigenação do sangue.

Portanto, o paciente com anemia pode queixar-se de falta de ar e apresentar uma respiração mais acelerada.

 

– Taquicardia – coração acelerado

Assim como há um aumento da frequência respiratória, há também um aumento da actividade do coração. O coração acelera tentando aumentar a quantidade de sangue que chega nos tecidos. A lógica é simples, se o sangue está pobre em oxigénio, é preciso chegar mais sangue para as células poderem receber uma quantidade aceitável de oxigénio.

 

– Dor no peito

Nos pacientes com doenças cardíacas, a redução da oxigenação dos tecidos e a aceleração dos batimentos cardíacos podem não ser bem toleradas. Se o paciente já tem o coração doente, ele terá dificuldades de aumentar o seu funcionamento, e mesmo uma anemia leve pode ser a gota d’água que faltava para desencadear uma isquemia cardíaca.

Em pacientes com doenças do coração, valores de hematócrito abaixo de 10g/dl costumam ser perigosos.

 

– Palidez cutânea

A palidez da pele e das mucosas ocorre por dois motivos. O principal é redução da circulação de sangue que ocorre nos tecidos periféricos (como a pele), já que o organismo passa a dar prioridade aos órgãos nobres do corpo, desviando o fluxo de sangue para os mesmos. Como a pele recebe menos sangue, ela torna-se mais pálida. Além disso, conforme há uma queda no número de hemácias circulantes, o sangue torna-se mais diluído, assumindo uma cor menos viva. Portanto, na anemia, a pele e as mucosas passam a receber menos sangue, e o sangue que chega está diluído por haver falta de hemácias. Além da palidez, a pele também pode ficar mais fria.

Conjuntiva pálida é um sinal de anemia
Em pessoas de pele mais escura, esta palidez da pele é mais difícil de ser notada. Para identificar uma anemia, é preciso olhar a cor da boca e da conjuntiva dos olhos, que apresentam-se mais pálidas em casos de anemia.

A palidez cutânea pode não ser notada até que a hemoglobina caia para valores ao redor de 10g/dl. Portanto, somente a ausência de palidez não descarta uma anemia.

– Câimbras

As câimbras ocorrem pelos mesmos motivos do cansaço e da palidez cutânea. A falta de oxigenação dos músculos, associado à redução efectiva da circulação de sangue, provoca distúrbios no funcionamento normal da musculatura, podendo surgir contracções involuntárias.

 

– Hipotensão

A hipotensão é um sintoma comum nas anemias que surgem por conta de perdas sanguíneas. Quando o paciente apresenta uma hemorragia, ele perde não só hemácias, mas também volume de sangue circulante, o que leva à queda da pressão arterial.

A hipotensão se manifesta clinicamente como fraqueza extrema, dificuldade de ficar em pé, tonturas e sensação de desmaio.

Anemia com hipotensão é uma emergência médica, havendo indicação para transfusão de sangue assim que possível.

 

Anemia aguda ou crónica?

A intensidade dos sintomas da anemia depende de dois factores: o tempo de instalação da anemia e a gravidade da mesma. Anemias crónicas, que se instalam de forma lenta e gradual, ao longo de várias semanas ou meses, não costumam causar sintomas até fases bem avançadas. Como o processo é lento, as hemoglobinas existentes têm tempo de se adaptar, passando a ser mais efectivas na captação e distribuição do oxigénio pelo corpo.

Os valores normais de hemoglobina são maiores que 13g/dl para homens e maiores que 12g/dl para mulheres. Devido à capacidade de adaptação das hemácias, os pacientes com anemia crónica conseguem se manter assintomáticos em repouso até níveis de 8 ou 9g/dl de hemoglobina. Logicamente, o estado de saúde anterior conta. Se o paciente já tem outras doenças, principalmente de origem pulmonar ou cardíaca, sua capacidade de adaptação à anemia é bem mais reduzida. Pacientes jovens e em óptimo estado físico podem só sentir os sintomas da anemia em casos graves, com hemoglobina ao redor de 6g/dl. Já pessoas idosas podem começar a sentir os efeitos assim que os níveis de hemoglobina desçam abaixo de 10g/dl.

Nos casos de anemias agudas, com instalação rápida, como as que ocorrem por hemorragias, o paciente sente os sintomas mesmo que a queda da hemoglobina não seja muito acentuada. Uma hemoglobina que cai abruptamente de 14g/dl para 10g/dl é suficiente para provocar  muitos dos sintomas de anemia descritos acima.

 

Evitar o consumo de alimentos que prejudicam a absorção do ferro:
As bebidas alcoólicas, o café, o chocolate e a cerveja devem ser evitados, pois prejudicam a absorção de ferro pelo organismo. Além disso, os alimentos ricos em cálcio como leite e derivados também diminuem a absorção do ferro e devem ser evitados.

Estes cuidados devem ser seguidos durante todo o tratamento para anemia e não exclui a necessidade da ingestão dos medicamentos naturais, é uma forma natural de completar e enriquecer a alimentação.

 

Atenção, o leite materno é considerado factor protector contra anemia por deficiência de ferro devido à alta biodisponibilidade do ferro existente. Estudos chegaram à conclusão que a anemia aparece em crianças que tiveram pouco tempo de aleitamento materno exclusivo, alimentação prolongada com leite de vaca e com a introdução da alimentação complementar precoce. 

 

Alguns exemplos de alimentos ricos em ferro são:

- Açúcar mascavado

- Agrião

- Beterraba

- Chocolate meio amargo

- Feijão

- Pão de cevada

- Vegetais escuros como salsa, espinafre e rúcula

 

Obs:

A anemia pode ser quantificada no exame de hemograma através dos valores do hematócrito e da hemoglobina.

 

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